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sábado, 7 de abril de 2012

cap 46 e 47 de o melhor pra mim

Segunda-feira, dia 9 de Novembro, 8:22, vagando pelo mundo.
Thur:
Sabe quando você precisa espairecer, mas não tem nenhum lugar específico para fazê-lo, então começa a andar pela vida e de repente se encontra em um lugar totalmente desconhecido e simplesmente não está nem aí?
Eu estava passando por isso, sentado em um banco de madeira em uma pista de cooper random. A única pergunta sem resposta que eu ainda tinha era a que mais me irritava: O que estava realmente acontecendo entre eu e Lua?
Recapitulando: Eu tinha minha vidinha, com meus amiguinhos, tomando minha cervejinha e tocando na minha bandinha. Então meu pai-trocinador resolveu atravessar minha rotina e cortar minhas asas. Tive que procurar alguém pra salvar minha vida, e Chay sugeriu uma punk esquisita que estava atravessando pelo pátio. Fui atrás dela e… Recebi um chute no estômago. Depois disso, fui mais uma vez forçado a procurá-la, e ela finalmente aceitou. Aí… As coisas começaram a sair do controle.
Foi ela sem roupa, foi ela bêbada, foi ela curtir The Clash, foi ela ter uma Les Paul… Foi ela ser ela. Ela… Me dominou.
Ela atravessou minha vida de um jeito bizarro, me conquistou com seu jeito bizarro e agora nós estávamos num relacionamento bizarro.
Bizarro…
Enquanto pensava em tudo isso, dobrava e desdobrava o papel em minha mão. Eu estava sendo vigiado, e aquele papel era mais do que uma prova de que mais uma merda, por mais simples que fosse, e eu estava fora da escola.
Deitei-me no banco, cansado.
Minhas pálpebras estavam pesadas… Acordada muito cedo para a “reunião”.
Talvez se eu fechasse os olhos só um pouquinho…

cap 47

Segunda-feira, dia 9 de Novembro, 10:12, intervalo do Elite Way.
Lua:
Micael estava conversando de canto com Kátia.. E ela parecia bem à vontade, com uma mão em sua coxa e a outra envolvendo seus ombros.
Os dois estavam muito perto um do outro.
Muito perto…
Apertei meus olhos de raiva e agradeci aos céus por Sophia já estar no outro pátio. Se eu fosse uma garotinha com medo do que os outros pensariam de mim, daria meia-volta e diria à Sophia esquecer Micael porque ele não era bom o suficiente para ela.
Mas eu não era uma garotinha com medo do que os outros pensariam de mim.
Caminhei tranquilamente até o banco em que os dois estavam de gracinha. Ao perceber minha aproximação, Micael se arrastou um pouco para o lado e abriu um sorriso encantador para mim.
- Lu! - ele exclamou, e Kátia virou os olhos.
- Micael! - fiz a mesma voz de felicidade, sentando-me ao lado dele. - Posso falar com você?
- Agora? - ele perguntou, olhando para Kátia com o canto dos olhos.
- É, agora. - respondi, sorrindo sem mostrar os dentes. - De preferência.
- Hm… Kátia, a gente continua depois, pode ser? - ele perguntou, segurando as mãos dela. Kátia olhou para Micael com sangue nos olhos mas obedeceu e se levantou, me ignorando completamente. - Pronto. Pode falar. É alguma coisa com o Phoenix?
- Você sabe quais são os significados da palavra canalha? - perguntei, e ele levantou a sobrancelha, surpreso. - Se eu não me engano, de acordo com o dicionário, canalha significa a plebe mais vil, gente desprezível, pessoa sem moral, desonesta, patife, infame, velhaco.
- Não estou entendendo. O que você quer dizer com isso?
- Sophia. - respondi, seca.
- O que tem ela? - ele perguntou, se fazendo de inocente.
- Micael, acho que você ainda não entendeu. - suspirei. - A Sophia não é o tipo de menina que você está acostumado. - apontei com a cabeça para onde agora Kátia estava com Pérola, conversando com um grupo de jogadores de basquete. - Ela não está nem aí se o cara que ficou na noite passada não ligou. Ela raramente se envolve com alguém, e quando isso acontece, é porque se sentiu confortável e segura o suficiente. Você passou essa segurança pra ela, mas, aparentemente, você é daquele tipo que passa esse tipo de segurança para todo mundo. Então só me faça um favor, ok? Abre o jogo com ela, diz que ela entendeu as coisas errado, e seja homem de assumir seus erros.
- Lu, você entendeu errado, eu… - ele tentou se justificar, mas eu o interrompi, levantando do banco.
- Eu não entendi e nem quero entender, só não quero ver minha amiga magoada. E não se esqueça que vocês têm ensaio amanhã.
Caminhei para longe dele, satisfeita com o recado dado.
Comigo era assim, no bico da chuteira!
Eu não acredito que eu disse isso…

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