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sexta-feira, 27 de abril de 2012

cap 71, 72,73 de o melhor pra mim

Capítulo 17 - Pay Back.
Sexta-feira, dia 13 de Novembro, 10:34, intervalo do Elite Way.
Guys:
- Ah, cara, fala sério, isso só pode ser brincadeira. - reclamei, enterrando as mãos no meu cabelo. - Eu nunca vi ela conversando com esse otário antes, e do nada eles são amigos íntimos?
- Você nunca viu porque você nunca prestou atenção nela antes de precisar de sua ajuda. - Chay criticou sem olhar para mim.
- É, isso é verdade. - Micael provocou, acenando com os dois braços para Sophia, que saía do segundo prédio com Rayanna e Mel ao seu lado.
As três vieram até nós quatro rindo dos malabarismos de Micael para chamar atenção. Sophia deu um selinho em Micael, sentando-se ao seu lado, com o rosto vermelho. Mel nos cumprimentou e cochichou algo no ouvido de Chay, que riu. Rayanna sentou-se entre Pedro e Micael, e iniciou uma conversa sobre a doença da vaca louca com Pedro, que parecia uma criança empolgada.
Virei os olhos.
O amor estava no ar.
Menos para mim.
- É, Arthur, parece que ninguém vai tocar pelado amanhã. - Micael sussurrou em meu ouvindo, fazendo Sophia rir.
Ignorei-o. Não conseguia tirar os olhos de Lua e Eric, que estavam conversando animadamente desde o começo do intervalo. Ele a estava prensando na parede, no melhor estilo bad boy, e ela ria de quase tudo que ele falava. De vez em quando ele colocava uma mecha do seu cabelo que insistia em cair atrás de sua orelha, e ela abaixava o olhar, envergonhada.
Onde estava aquela garota fofa enquanto nós estávamos juntos? Sério, eu queria mesmo saber. Quero dizer, ela estava até maquiada pelo amor de Deus! Quando nós estávamos “juntos” eu tinha que brigar com ela para rolar pelo menos um cabelo solto!
Aquele cara ia me pagar… Ah se ia…

cap 72

Sexta-feira, dia 13 de Novembro, 10:35, intervalo do Elite Way.
Lua:
- Então é esse o trato! - exclamei, sorrindo como uma santa, enquanto Eric brincava com o meu cabelo.
- Fechado. Mas você vai fazer todos os trabalhos, certo? - ele perguntou, dando um peteleco no meu nariz.
Aquilo me irritou.
Mas Eric era tão gato que eu meio que não me importei. Sabem como é, loiro, alto, olhos verdes, cabelos pro lado e ombros largos. Do tipo sedutor com cara de garotão.
Lindo!
- Eu já tenho todos eles feitos. - respondi, e ele sorriu animado.
- E por quanto tempo vai precisar de mim? - ele perguntou, se aproximando.
Bom, pelo menos ele era um bom ator.
- Não sei, talvez alguns dias… Quando eu não precisar mais de você eu aviso, ok?
- Ok, gata. - ele disse, beijando minha bochecha.
- É, mas sem gracinhas, Eric. É só provocação.
Ele olhou para a direção de Arthur, que parecia estar com vontade de estrangulá-lo, e riu.
- Vai   prazer.

cap 73
Sexta-feira, dia 13 de Novembro, 10:36, intervalo do Elite Way.
Guys:
- Thur, cara, é sério, você tá parecendo um animal esfomeado. - Pedro chamou minha atenção. - Aquelas meninas da oitava série parecem com medo de você.
Ele apontou para um grupo de garotinhas sentadas no chão me olhando, espantadas. Então eu me olhei. Estava sentado na ponta da mesa de concreto, curvado, olhando para Lua fixamente, com os olhos arregalados e a boca aberta. Só faltava babar.
- Ah, cara, foda-se, eu tô fora daqui. - murmurei, levantando-me.
- Cara, eu não ligo pra onde você vai, você sabe que não, mas, por favor, esteja em casa às 11h. - Micael gritou, e eu só acenei com a cabeça, já longe da mesa.
Atravessei o pátio, passando indiferente por Lua, que não desviou os olhos de Eric. Passei também por Pérola, que me lançou um sorriso angelical ao lado de Kátia. Ignorei-as também. Fui até os fundos do colégio, pulei a parte mais baixa do muro e entrei no Loui’s. Ele estava atrás do balcão limpando alguns copos, e me cumprimentou com a cabeça, sem tirar os olhos de dois garotos esquisitos no fundo do bar, que fumavam algo suspeito.
Algo natural, se é que você me entende.
- E aí, Loui. - acenei, sentando-me no bar. - Me vê uma breja.
- Jovens nojentos. - ele resmungou, colocando a cerveja na minha frente. Apoiou a barriga no balcão e continuou a limpar o copo, que ficava cada vez mais sujo. Ri sozinho e entornei o líquido da caneca, limpando o bigode de espuma que se formou com o dorso da mão. Pedi mais uma, e repeti o movimento. Quando dei por mim, encarava uns 5 copos no balcão e estava meio zonzo.
Olhei no relógio, e já eram 10h47. Eu tinha 13 minutos para chegar em casa, e estava ligeiramente bêbado.
Bom, Thur, bom. Fazendo besteiras desde mil novecentos e alguma coisa.
Meu Deus, eu não sabia nem o ano em que tinha nascido!
- Aqui, Loui, valeu. - despejei todo o dinheiro que tinha no bolso - talvez até um pouco mais do que aquelas cervejas valiam - e saí do bar, fazendo sinal para um táxi que passava. Ele parou e eu deslizei pelo banco de trás.
Bom, se eu teria que fazer aquilo, que fosse com estilo.

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